Resenha: ''Os caminhos de Mandela - Lições de Vida, Amor e Coragem'' de Richard Sten

O livro é narrado em tópicos pelo jornalista americano Richard Allan Stengel mundialmente conhecido após colaborar com a auto-biografia, ''Long Walk to Freedom'', de Nelson Mandela.

Com uma leitura de fácil compreensão, somos apresentados a vida privada e pública do Nelson Mandela. Considerado pelo povo um guerreiro em luta pela liberdade, era tido pelo governo sul-africano como um terrorista.

Mandela queria mudar a história da África do Sul, mas foi além disso, tornou- se símbolo da luta contra o ódio.

Sua história começa em um pequeno vilarejo na região do Transkei, onde nasceu em 1918. Em 1942 iniciou sua longa cruzada contra o apartheid, no qual os direitos da maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca.

Nelson viajou pelo mundo em busca de apoio, recebeu treinamento militar, mas quando voltou para a África, foi preso.

''De maneira curiosa, a prisão abriu a visão de Mandela sobre a natureza humana em lugar de comprimi-la. Enquanto a prisão amargurou outros homens, ela elevou Mandela.

Durante aqueles primeiros anos na Ilha Robben, quando os prisioneiros eram rotineiramente agredidos e espancados, quando não havia quase comunicação com o mundo externo e tais violações não eram relatadas, o chefe da prisão era o coronel Piet Badenhorst, um homem com reputação de fria brutalidade. Badenhorst era considerado o pior exemplo de chefe de prisão bôer, um homem que acreditava que os prisioneiros negros eram pouco mais que animais e deviam ser tratados como tal. Considerava os prisioneiros políticos terroristas, e Mandela o terrorista número um.''

Após 27 anos na prisão, foi posto em liberdade. Esse foi o marco do fim de um regime onde os negros eram considerados inferiores aos brancos.

Em 1993, recebeu dignamente o prêmio Nobel da Paz.

Em 1994, foi eleito o primeiro presidente da África do Sul, sendo responsável pelo fim do regime segregacionista no país e também pela reconciliação de grupos internos. Deixando o mais nobre dos legados.

''E é por isso que o sorriso era sua máscara, disfarçando qualquer ferida ou tristeza, escondendo tanto quanto revelava.''