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Resenha: ''Todo mundo vê formigas'' de A. S. King


Após ler o título do livro, impulsionada pela curiosidade quanto ao assunto abordado, não perdi tempo e logo iniciei a leitura dele. Como, na maioria das vezes, escolho um livro sem ler a sua sinopse, em “Todo mundo vê formigas” não foi diferente.

Logo na primeira página, me vi envolvida o suficiente com a história para não querer que ela acabasse e torcendo de dedos cruzados para que tudo fosse resolvido da melhor maneira possível.

Creio que isso se deve à facilidade apresentada pela autora de nos fazer “surfar” pelas páginas através da sua escrita única, delicada e envolvente, levando-nos ao primeiro lugar do pódio. Onde nos premia com um final tocante e arrebatador.

Particularmente, por também ter sofrido bullying na época da escola, me conectei imediatamente com o personagem principal: o Lucky Linderman.

Ler os relatos dele me faz querer abraçá-lo e encontrar uma forma de ajudá-lo a contornar essa situação. Muitas vezes, quem sofre o bullying quer um ombro amigo para desabafar, mas não encontra ninguém disposto a ouvi-lo. Lendo o livro, senti que eu era essa pessoa para o Lucky.

Aqueles que passaram ou passam pelo bullying sabem o quanto isso doi e acaba, muitas vezes, apagando a luz que existe dentro de nós.

Vale ressaltar que na escola do Lucky, os “orientadores” disseram a ele que o melhor a fazer é: “ficar fora do caminho dele”. Sendo que DELE= NADER MCMILLAN, O SEU PERSEGUIDOR.


Apesar de o termo bullying ser muito falado e discutido, falta implementar mais ações para combatê-lo, não só nas escolas, como também em outras relações sociais.

Ao contrário do que uma minoria pensa, o bullying sempre existiu. A palavra é que foi usada pela primeira vez, no final da década de 70, pelo Professor Dan Olweus da Universidade da Noruega.


Se essa infeliz prática não for extinta de uma vez por todas pela sociedade (como um todo), a tendência é que esse mal continue impregnado nas próximas gerações.


VOLTANDO À HISTÓRIA...


Após ser novamente agredido pelo Nader, a mãe do Lucky decide levá-lo para passar uma temporada na casa do Tio Dave e da Tia Jodi. Enquanto isso, o pai dele fica em casa para resolver alguns assuntos.

Essas férias servem para que tenha um tempo para si. Um tempo em que, pela primeira vez em 8 anos, não terá de se preocupar em esbarrar no Nader, já que estão há quilômetros de distância.

Primeira coisa que você precisa saber: no leito de morte da avó paterna do Lucky, ela confiou a ele a missão de libertar o seu avô, o Harry. O problema é que ele nunca o viu, nem mesmo o seu próprio pai o conheceu, já que foi dado como desaparecido durante a Guerra no Vietnã. Sem contar que o governo americano dá ao seu avô o status de “supostamente morto”.

Segunda coisa que você precisa saber: o Lucky sonha constantemente que está resgatando o seu avô, de diversas maneiras, das mãos dos inimigos.

Terceira coisa que você precisa saber: ele conhecerá novas pessoas, quero dizer: novas garotas. Elas, em especial a Ginny, o ajudarão a enfrentar o Nader e a tomar as rédeas da sua vida. Pelo pouco tempo em que passam juntos, elas mudarão a vida dele, assim como ele também mudará, de certa forma, a vida delas.

Quarta coisa que você precisa saber: “As formigas estão na cabeça de todo mundo.”


Concluo a resenha com a frase do Robert. F. Kennedy (encontrada no livro) seguida por uma citação do Avô Harry: “A tragédia é uma ferramenta para os vivos ficarem mais sábios, não um guia de como viver.” e, lembra-te: “A resposta mais simples é agir.”



FICHA TÉCNICA:

Título: Todo mundo vê formigas

Autor: A. S. King

Ano: 2016 / Páginas: 240

Editora: Gutenberg

Espero que tenham gostado e até o próximo post!

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