20 maiores escritores brasileiros
Os nomes listados a seguir ilustram todo o período de formação da literatura brasileira, do início até o alcance de sua maturidade universal.
GREGÓRIO DE MATOS
Ficou conhecido como o maior poeta barroco brasileiro. Ganhou o apelido de "Boca do Inferno" por sua vasta obra satírica, principalmente com crítica política. Com tantas polêmicas, foi deportado para Angola e só pode voltar ao Brasil com a condição de evitar as sátiras.
TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA
Dividiu sua vida entre o direito e a escrita, com poesias líricas, típicas do arcadismo, com temas pastoris e de galanteio. Sua obra mais famosa é Marília de Dirceu, inspirada em Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, jovem por quem ele se apaixonou, mas não pode se casar. Gonzaga foi um grande representante do arcadismo brasileiro.
BASÍLIO DA GAMA
Fez parte do arcadismo brasileiro. Participou do mesmo movimento literário em Portugal e teve o talento revelado com suas poesias líricas. Seu título mais marcante é o poema épico "O Uraguai", que conta a expedição do governador do Rio de Janeiro às missões jesuíticas do sul da América Latina.
CASTRO ALVES
O autor é considerado um dos mais brilhantes poetas românticos brasileiros e foi chamado de "cantor dos escravos" pelo entusiasmo diante das grandes causas da liberdade e da justiça da época. Em 1870 publicou uma de suas obras mais importantes, o livro "Espumas flutuantes". Além dele, Castro Alves escreveu os poemas "Vozes d'África" e "O navio negreiro", considerados os dois mais representativos da carreira.
JOSÉ DE ALENCAR:
É considerado o maior romancista do romantismo brasileiro, tendo criado uma literatura nacionalista ao usar um vocabulário e uma sintaxe típicos do Brasil. Seus livros indianistas buscam transportar as tradições indígenas para a ficção, relatando mitos, lendas, festas, usos e costumes, muitas vezes observados pessoalmente pelo autor, como é o caso "O Guarani" (1857), "Iracema" (1865) e "Ubirajara" (1874).
ÁLVARES DE AZEVEDO
Juntamente a Castro Alves e José de Alencar, o autor também ganhou destaque no romantismo brasileiro, fazendo parte de sua segunda geração (ultrarromântica). A poesia de Azevedo se caracterizou principalmente pelos temas morte, mulher, patriotismo e saudosismo da infância. Um de seus livros mais famosos é o "Noite na taverna". Entre seus poemas destacam-se "Namoro a cavalo" e "A lagartixa".
MACHADO DE ASSIS
Foi o autor responsável pela inauguração do realismo na literatura nacional. Os romances "Memórias póstumas de Brás Cubas" (1881), "Quincas Borba" (1891) e "Dom Casmurro" (1899) são grandes sucessos. "Os romances da maturidade de Machado de Assis assinalam a maturidade da literatura brasileira, explica Carlos Rogério Duarte Barreiros, professor e autor de materiais de língua portuguesa, redação e literatura do CPV Vestibulares.
ALUÍSIO AZEVEDO
Foi o criador do naturalismo no Brasil, influenciado por Eça de Queirós e Émile Zola. Gostava de escrever sobre a realidade cotidiana, destacando temas como a luta contra o preconceito de cor, adultério e a vida do povo humilde. Seu primeiro romance foi "Uma lágrima de mulher" (1880). Em 1890 escreveu "O cortiço" (1890), um dos principais livros representantes do movimento naturalista.
EUCLIDES DA CUNHA
O autor tem como principal obra o livro "Os Sertões", publicado em 1902. Depois de escrever, em 1897, dois artigos sobre a guerra de canudos, foi convidado a viajar até a Bahia, como correspondente de "O Estado", e de lá relatar os acontecimentos. Foi então que surgiu sua obra-prima, pioneira no movimento modernista brasileiro.
AUGUSTO DOS ANJOS
É conhecido como um dos principais poetas do pré-modernismo brasileiro. Quase toda a sua obra poética está no seu único livro "Eu", publicado em 1912. Como características, seus poemas foram marcados pelo pessimismo e cientificismo. A obra de Augusto dos Anjos representa o sincretismo entre o parnasianismo e o simbolismo.
LIMA BARRETO
Também é considerado um escritor do período pré-modernista, sendo sua principal obra o livro "Triste fim de Policarpo Quaresma", no qual ele critica o nacionalismo excessivo surgido no final do século 19 e início do 20 no Brasil. Durante sua carreira, Barreto militou na imprensa por anos, lutando contra as injustiças sociais e os preconceitos de raça, de que ele próprio era vítima.
MONTEIRO LOBATO
É considerado o maior escritor da literatura infanto-juvenil brasileira. Também pertencente ao período pré-modernista, Lobato contribuiu diretamente com o movimento editorial brasileiro. Seus primeiros livros foram "Urupês", "Cidades mortas" e "Negrinha".
MARIO DE ANDRADE
Foi um dos criadores do modernismo no Brasil. Nascido em São Paulo em 1893, começou bem cedo a escrever críticas para jornais e revistas. Participou diretamente da preparação da Semana de Arte Moderna de 1922. Anos mais tarde, escreveu um de seus principais títulos, "Macunaíma" (1928), no qual recriou mitos e lendas indígenas para traçar um painel do processo civilizatório brasileiro. "Basta a leitura de 'Macunaíma' para tomar contato com todas as hipóteses de interpretação do Brasil aventadas até à década de 1930", ressalta Carlos Rogério Duarte Barreiros, professor e autor de materiais de língua portuguesa, redação e literatura do CPV Vestibulares.
MANUEL BANDEIRA
Sua carreira começou após ter abandonado o curso de engenharia devido a uma tuberculose. Passou a morar no Rio de Janeiro, onde começou a escrever poesia e prova, além de crítica literária. Em 1917, publicou "A cinza das horas", de nítida influência parnasiana e simbolista. O título "Libertinagem" (1930) é um dos mais importantes em sua carreira. Ele também considerado um dos precursores da linha modernista brasileira.
GRACILIANO RAMOS
A obra mais lembrada do autor é "Vidas secas" (1938), na qual retrata a luta pela sobrevivência daqueles que sofrem com a seca no nordeste. Outro importante livro de Ramos é "Angústia", escrita em 1936, ano em que foi preso pelo regime de Getúlio Vargas, sob a acusação de subversão.
JOÃO GUIMARÃES ROSA
É considerado por muitos críticos o maior escritor brasileiro da segunda metade do século 20. Aos 21 anos iniciou a carreira no universo das letras, paralela a profissão de médico. Seu grande destaque é o livro "Grande sertão: Veredas", uma narrativa sobre o ambiente e as pessoas que vivem no sertão mineiro. "Veredas talvez seja a grande obra da literatura brasileira no século 20, seja pelo trato inconfundível dado por Guimarães Rosa à língua, seja pela universalidade que o sertão ganha. Ali há de tudo: narrativa épica, romance medieval, lírica amorosa, narrativa popular e obra faústica", destaca Carlos Rogério Duarte Barreiros, professor e autor de materiais de língua portuguesa, redação e literatura do CPV Vestibulares.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
O poeta modernista também atuou como professor, cronista e passou grande parte da vida em cargos burocráticos. Ele chegou até a concluir o curso de farmácia, mas não exerceu a profissão e a trocou por trabalhos em jornais como "Diário de Minas", "Minas Gerais", "Estado de Minas" e "Diário da Tarde". Seu primeiro livro foi publicado em 1930, chamado "Alguma poesia". Um título de grande destaque é a "Rosa do Povo", publicado em 1945.
CECÍLIA MEIRELES
Poeta fluminense nascida em 1901, a autora também trabalhou como professora e jornalista. Em 1919, publicou seu primeiro livro de poesias, "Espectros". Seguiram-se "Nunca mais" e "Poema dos poemas", em 1923. Anos mais tarde recebeu o prêmio de poesia Olavo Bilac por seu livro "Viagem", em 1939. Esse foi o primeiro reconhecimento da alta qualidade de sua obra poética. Cecília ganhou destaque principalmente na segunda geração do modernismo brasileiro.
ÉRICO VERÍSSIMO
O autor compõe a lista dos escritores brasileiros mais importantes. Nascido no Rio Grande do Sul em 1905, o autor dividiu sua carreira inicial entre a atividade de sócio de uma farmácia e as aulas de literatura e inglês que lecionava. Com a falência da farmácia em 1930, o autor mudou de cidade e passou a conviver com escritores renomados, como Mario Quintana. Com isso, sua carreira de escritor foi ganhando mais força. Em 1936 publicou o livro infantil "As aventuras do avião vermelho", e depois, "Um lugar ao sol". Em 1938 lançou um de seus maiores sucessos "Olhai os lírios do campo".
JORGE AMADO
Começou a participar da vida literária de Salvador aos 14 anos. Formado em ciências jurídicas e sociais, nunca exerceu a profissão de advogado e trabalhou como repórter durante um tempo. Anos depois se tornou redator-chefe e paralelamente escrevia seus romances. Seus primeiros títulos foram "O País do carnaval" (1931), "Cacau" (1933) e "Suor" (1934). Outras obras importantes são "Capitães de Areia", "Gabriela, cravo e canela" e "A morte e a morte de Quincas Berro d'Água"
FONTE:
http://educacao.uol.com.br/album/2013/07/05/veja-20-autores-que-voce-nao-pode-deixar-de-conhecer.htm#fotoNav=21